BOOK
Bismarck, M.; Cardoso, V., Simoes, S.; Silva, V. (eds.) (2021). Ver, Querer Ver, Dar a Ver – Desenhar entre fronteiras na Universidade do Porto.
Porto: i2ADS/U.Porto Press, ISBN: 978-989-9049-08-6.
Disponível em: https://i2ads.up.pt/publicacoes/ver-querer-ver-dar-a-ver/
Esta exposição é o resultado de um levantamento, recolha, seleção e organização de desenhos produzidos por diversos autores (estudantes, docentes e investigadores), em diversos contextos (de aprendizagem, de ensino, de comunicação, de projetação) e em diversas faculdades, departamentos e cursos da Universidade do Porto. Estão aqui desenhos provenientes da Faculdades de Arquitectura, dos Departamentos de Química e Bioquímica, de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território e de Matemática da Faculdade de Ciências, da Faculdade de Desporto e do Laboratório de Biomecânica do Desporto, do Departamento de Mecânica da Faculdade de Engenharia, do Departamento de Microscopia e do Curso de Ciências do Meio Aquático do ICBAS e do Departamento de Geografia e da Área da Arqueologia do Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras.
Esta exposição é parte integrante de um projeto de investigação chamado “Desenhar entre fronteiras na Universidade: Aprendizagem, Investigação e Comunicação pelo Desenho”, que pretende estudar que competências e mais-valias pode o desenho potenciar e partilhar com as outras linguagens (escrita e matemática) de modo a constituir modos de ativação de indicadores percetivos, cognitivos e criativos quando usado nas chamadas áreas STEM (acrónimo em inglês que identifica o conjunto das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Queremos, no fundo, perceber se o desenho existe, como existe e para quê existe na Universidade do Porto.
E o Desenho existe na UP expresso em diferentes formas, intenções e meios: desde os diagramas, anotações e esquemas esboçados rapidamente nos quadros das salas de aula, com o intuito de comunicar visualmente uma ideia ou um contexto, até aos complexos projetos de arquitetura e engenharia que usam e necessitam do desenho como meio de elaboração, previsão, construção e comunicação do que está a ser pensado. O desenho é usado de uma maneira preponderante, fundamentalmente em três situações de uso muito concretas:
como um meio eficaz para clarificar informações altamente complexas de forma rápida e clara (biologia, química, cartografia, etc.);
para organizar e comunicar eficazmente pensamentos, conceitos e dados;
para visualizar o que não é (ou não está) visível, quer porque ainda não existe (projeto: engenharia e arquitetura), porque já não existe (arqueologia) ou porque simplesmente nunca existiu ou não pode existir (especulação utópica, hipotetigrafia, matemática).